sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Viver na Beira-Mar



Nunca o mar foi tão ávido
quanto a minha boca. Era eu
quem o bebia. Quando o mar
no horizonte desaparecia e a areia férvida
não tinha fim sob as passadas,
e o caos se harmonizava enfim
com a ordem, eu
havia convulsamente
e tão serena bebido o mar.

poema:
Fiama Hasse Pais Brandão
fotografia: Luís Pinto

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