quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A MULHER MAIS BELA DO MUNDO



Era uma vez uma menina que se chamava Olguita.
Olguita estava sentada à porta de uma casa, lavada em lágrimas. Ela chorava, chorava, chorava…
A dada altura, as pessoas que passavam pararam e perguntaram-lhe:
-“Porque choras, menina?”
Ela respondeu-lhes:
-“Porque perdi a minha mãe.”
E as pessoas da aldeia insistiram:
-“Mas como se chama a tua mãe?”
- “Chama-se mãe!”, respondeu-lhes.
- “Mas, onde é que ela vive? Onde é que tu vives?”, tornaram elas.
-“Eu vivo na minha casa!”.

Já ninguém sabia o que havia de fazer. Mas ainda assim, voltaram a perguntar-lhe:
-“Com quem se parece ela? Como é a sua cara? Podes descrever a tua mãe?

-“Oh! A minha mãe é a mulher mais bela do mundo”, disse a menina. Foi então que decidiram trazer todas as jovens mães da aldeia à presença de Olguita.
-“Não, esta não é a minha mãe. Não, esta também não é. E aquela também não!”
E recomeçou a chorar.

Subitamente, uma mulher de avental apareceu do outro lado da rua. Era uma mulher muito, muito gorda, de cara redonda e anafada, com uns olhos que brilhavam de alegria.
Logo que viu a filha, correu para junto dela e exclamou:
-“Minha filhinha, minha pequena Olguita!”
E a menina saltou para o colo da mulher, abraçou-a e, virando-se para as pessoas da aldeia, disse:
-“Vêem, esta é a minha mãe, a mulher mais bela do mundo!


texto: conto russo
ilustração: Sara Simões

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