que foste a palmeira branca
de todas as coisas impossíveis,
a claridade que atravessa o mais longo oceano do Outono,
nas esplanadas das cidades que se esgotam no Tempo
onde me vês, escondido entre palavras mudas,
esgravatando a música de insondáveis rumores,
e que apesar de tudo me encontras como sou, descalço
entre pombas e magnólias, o mar do Verão nas mãos trémulas,
e o teu nome a crescer na minha boca como uma rosa,
cintilante e cheia de poesia.
poema e fotografia: Eduardo Bettencourt Pinto
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