Um verão de chamas cresce
enquanto ofereces o mar
nas tuas mãos abertas.
Entre os dedos nadam os ventos do sul;
às vezes um rapazinho
canta entre eles
e atira pétalas aos teus olhos.
É a parte de mim que não cresceu.
Queria deixar sobre o teu vestido o rumor
do primeiro voo de um flamingo,
o que sou ao pé de ti:
marinheiro de terra enlouquecida,
potro de água a galope no esplendor
da pele.
Já não posso regressar ao outono:
perdi as minhas sandálias quando corria
nas dunas do teu nome.
A tua claridade cega-me
e um barco é azul
nas ondas destas sílabas.
enquanto ofereces o mar
nas tuas mãos abertas.
Entre os dedos nadam os ventos do sul;
às vezes um rapazinho
canta entre eles
e atira pétalas aos teus olhos.
É a parte de mim que não cresceu.
Queria deixar sobre o teu vestido o rumor
do primeiro voo de um flamingo,
o que sou ao pé de ti:
marinheiro de terra enlouquecida,
potro de água a galope no esplendor
da pele.
Já não posso regressar ao outono:
perdi as minhas sandálias quando corria
nas dunas do teu nome.
A tua claridade cega-me
e um barco é azul
nas ondas destas sílabas.
poema: Eduardo Bettencourt Pinto
fotografia: Mariana Sabido
Sem comentários:
Enviar um comentário